Nascendo em São Paulo
Planejamento e acompanhamento de nascimento de bebê cardiopata
Tem como objetivo principal planejar a logística do nascimento do feto com cardiopatia, que deve nascer sempre com cardiologista pediátrico presente em sala de parto e equipe de UTI já preparada.
O acompanhamento em sala de parto do feto cardiopata, na verdade, se inicia semanas antes do nascimento, com o preparo das equipes clínica e cirúrgica e escolha de um hospital com estrutura avançada de atendimento multidisciplinar. Os cuidados em sala de parto para pacientes com cardiopatias simples, complexas e canal dependente têm suas particularidades.
São cardiopatias “simples” as Comunicações interatriais e interventriculares e as alterações valvares de grau leve e moderado. Nestes pacientes a repercussão hemodinâmica depende de fatores como peso de nascimento, idade gestacional, patologias maternas e patologias associadas. O cardiopediatra tem como função acompanhar o paciente a UTI, mesmo que estável, para monitorização e confirmação diagnóstica; e instruir a equipe da Unidade de terapia intensiva sobre os sinais clínicos de descompensação hemodinâmica, bem como planejar o atendimento caso ocorra uma situação de urgência. Na evolução do paciente cabe ao cardiologista ajuste do balanço volêmico e hidroeletrolítico e a introdução de medicações diuréticas, vasodilatadoras e/ou inotrópicas.
As cardiopatias “canal dependentes” são as que necessitam de cuidados imediatos, pois a sobrevida está diretamente associada à presença do canal arterial, como por exemplo a Transposição das grandes artérias, Coarctação de Aorta, Estenose valvar pulmonar de grau importante, Tetralogia de Fallot de má anatomia, síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, etc. Os recém nascidos são transportados diretamente para a Unidade de terapia intensiva onde inicia-se a infusão de Prostaglandina (medicação responsável por manter pérvio o Canal arterial) através de um catéter umbilical central, obtido já no centro obstétrico ou na unidade neonatal. Segue a confirmação diagnóstica e a avaliação clínica, a fim de se adequar o e agendar o melhor período para a correção cirúrgica, bem como a necessidade de medicações vasoativas previamente ao procedimento cirúrgico.
As condutas nos pacientes com cardiopatias “complexas” são semelhantes aquelas das cardiopatias canal dependentes. Imediatamente após o nascimento, o paciente é transferido para o centro de terapia intensiva, onde é monitorizado e analisado clinicamente. A seguir, avalia-se a necessidade de infusão de prostaglandina e/ou medicações vasoativas. Um novo ecocardiograma é solicitado para a confirmação do diagnóstico prenatal bem como para se estimar a já presente repercussão hemodinâmica. Exames seriados deverão ser realizados para constatar alterações sistêmicas após a diminuição da pressão pulmonar, avaliando com maior segurança a escolha da técnica e do momento da cirurgia.
Entre em contato conosco
Envie sua mensagem que retornaremos o mais breve possível
Perguntas frequentes
Este tópico não possui perguntas e respostas.